segunda-feira, 12 de junho de 2023

Tira essa roupa preta!

Quem não se lembra da celebre frase do personagem Capitão Nascimento no filme Tropa de Elite?
“- Tira essa roupa preta que tu é moleque!” 
Pois é...

Esse é o tema da minha reflexão de hoje!

Moleque: Substantivo masculino que quer dizer garoto de pouca idade. Imaturo. Infantil. Que faz travessuras. Que não se comporta bem, como adulto ou com maturidade. 
Roupa Preta: No contexto do filme era um símbolo importante de poder, comportamento, agressividade e por consequência, muita, mas muita responsabilidade mesmo. 

Trazendo da ficção e abstraindo para o nosso contexto nas artes marciais: 

A roupa preta é nosso DOGI. É nosso manto de treino. É uma vestimenta que nos diferencia de muitas outras artes marciais. Também faz referência às sombras, que para nós é associado ao princípio da humildade na esfera do temperamento e ao anonimato, controle e furtividade na esfera do treinamento e comportamento. Ou seja, é algo que nos define e diferencia em meio a outros.




O Sakura Dojo Brasil é um dos representantes oficiais da Bujinkan no Brasil. E detém algumas marcas importantes:

  • Foi um dos primeiros DOJO brasileiros a ter um SHIDOSHI ligado DIRETO ao Japão com SAKKI test realizado no Japão;
  • Também foi um dos primeiros (senão o primeiro) dos DOJO brasileiros a ter um SHIHAN com nome oficialmente no HONBU DOJO; E
  • Por último, mas definitivamente não menos importante, foi o PRIMEIRO DOJO brasileiro a ter um DAI SHIHAN devidamente autorizado pelo SOKE MASAAKI HATSUMI.

Se falamos dessa forte ligação com a Bujinkan Japão, não obstante falar também dessa ligação com as nove famílias e o que elas representam na história do Japão. Ligação essa que nos leva até o período histórico SENGOKU quando foi necessário um levante “popular” contra a opressão das liberdades individuais e da vida da população.

Independente dos desfechos históricos japoneses. O BUDOKA sempre esteve ligado ao conceito da defesa dos mais fracos através da técnica, ética e tática. Não é aceitável para um BUDOKA se aliar a tiranos, criminosos desonrados condenados ou descondenados e opressores da liberdade ou da vida alheia.

Por essas, e outras, que é muito importante para nós do Sakura Dojo Brasil, a tradição e o respeito à vida e às liberdades individuais. Não é e nunca será aceitável que entre nossas fileiras existam representantes que não respeitem essa nossa história e tradição.

Entendo e sou resiliente que as vezes alguns alunos iniciantes possam se equivocar e no calor e imaturidade da juventude se enverede pelos caminhos progressistas contra a vida e contra as liberdades individuais, porém isso é considerado INACEITÁVEL nas hierarquias superiores do nosso Sakura Dojo Brasil.


É por isso que não tenho a menor dúvida e nem receio em gritar a plenos pulmões:

- TIRA ESSA ROUPA PRETA QUE TU É MOLEQUE!

quarta-feira, 4 de maio de 2022

O Cristão e o Voto Consciente no Brasil (2022)

O objetivo dessa postagem é jogar uma luz sobre a zona de sombreamento que há entre os valores cristãos e a esfera de atuação dos poderes executivo e legislativo em nosso país atualmente.

A motivação de escrever sobre isso foi a minha percepção de que os cristãos atualmente não têm ideia do que é caro, precioso ou atualmente fundamental para nossa fé e a manutenção do direito de exercê-la em nosso país.

Para abordar esse tema vou me deter em três pilares:

Primeiro Pilar: Aborto

É de competência regimental do Poder Executivo, nomear o Ministro da Saúde, que por sua vez escolhe seus Secretários Nacionais, que por sua vez escolhem seus Diretores e que por sua vez escolhem seus Coordenadores Gerais e Coordenadores. Nas esferas estaduais e municipais o mesmo acontece, com suas características específicas. Essa estrutura hierárquica irá direcionar a abordagem dos serviços públicos de saúde e como será o direcionamento das pautas dentro da administração naquele período. Do legislativo são as atribuições criar, alterar e revogar leis que regem todo o processo da administração pública.

Não é difícil perceber que nosso país é um polo, quase que isolado, de resistência contra as tendências mundiais na questão do aborto. O aborto nada mais é do que um assassinato de um ser humano que não pode se defender.

Exigir dos candidatos um posicionamento inequívoco contrário ao aborto é fundamental para se basear um voto cristão consciente.

Segundo Pilar: Ideologia de Gênero

É de competência regimental do Poder Executivo, nomear o Ministro da Educação, que por sua vez escolhe seus Secretários Nacionais, que por sua vez escolhem seus Diretores e que por sua vez escolhem seus Coordenadores Gerais e Coordenadores. Nas esferas estaduais e municipais o mesmo acontece, com suas características específicas. Essa estrutura hierárquica irá direcionar a abordagem dos serviços públicos de educação e como será o direcionamento das pautas dentro da administração naquele período. Do legislativo são as atribuições criar, alterar e revogar leis que regem todo o processo da administração pública.

Atualmente essa pauta tem sido ponto de conflito entre conservadores e progressistas, pois nela reside a semente da destituição da estrutura familiar como importante esfera de sustentação social e por consequência cultural. É na família que princípios religiosos são plantados, cultivamos e nutridos. É no seio familiar que os princípios de valores são devidamente fixados em cada indivíduo como membro produtivo da sociedade.

Exigir dos candidatos um posicionamento inequívoco contrário à ideologia de gênero é fundamental para se basear um voto cristão consciente.

Terceiro Pilar: Liberdades individuais/Desarmamento Civil

É de competência regimental do Poder Executivo, nomear o Ministro da Justiça, que por sua vez escolhe seus Secretários Nacionais, que por sua vez escolhem seus Diretores e que por sua vez escolhem seus Coordenadores Gerais e Coordenadores. Assim como nomear o diretor da Polícia Federal e exigir o alinhamento com as pautas governamentais refletindo a vontade da maioria expressa nas urnas. Nas esferas estaduais e municipais o mesmo acontece, com suas características específicas. Essa estrutura hierárquica irá direcionar a abordagem dos serviços públicos de segurança e como será o direcionamento das pautas dentro da administração naquele período. Do legislativo são as atribuições criar, alterar e revogar leis que regem todo o processo da administração pública.

Atualmente essa pauta divide os cristãos, pois existem aqueles que, ao meu ver, são equivocadamente pacifistas e existem aqueles que entendem que quando O nosso Senhor Jesus Cristo fala (no Livro de Lucas 22:36) sobre a necessidade de se proteger com “espada” ele está falando sobre a necessidade de se manter vivo e livre, assim como também manter a própria família viva e livre para viver o evangelho e assim cumprir o Ide (do Livro de Marcos 16:15).

“...Ele lhes disse: "Mas agora, se vocês têm bolsa, levem-na, e também o saco de viagem; e, se não têm espada, vendam a sua capa e comprem uma...”

“...E disse-lhes: Ide por todo omundo, pregai o evangelho a toda criatura....”

Exigir dos candidatos um posicionamento inequívoco contrário ao cerceamento das liberdades individuais e do desarmamento vivil é fundamental para se basear um voto cristão consciente.

Conclusão:

Não é permitido ao cristão ser morno, sem sabor ou ficar “sobre o muro” (Apocalipse 3:15,16).

“...Conheço as suas obras, sei que você não é frio nem quente. Melhor seria que você fosse frio ou quente!

Assim, porque você é morno, nem frio nem quente, estou a ponto de vomitá-lo da minha boca...”

É dever do Cristão amar a Deus sobre todas as coisas, assim como conhecer o seu Deus pela forma que Ele decidiu se revelar: As Sagradas Escrituras. Se o Deus que você adora é diferente daquele revelado na bíblia, então seu deus é você mesmo. Qualquer coisa diferente disso que seja anátema (Gálatas 1:8,9)

“...Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos anuncie outro evangelho além do que já vos tenho anunciado, seja anátema.

Assim, como já vo-lo dissemos, agora de novo também vo-lo digo. Se alguém vos anunciar outro evangelho além do que já recebestes, seja anátema...”

É verdade que o Reino de Deus não é aqui na terra, mas a nossa obrigação enquanto imitadores de Cristo é continuar fiel a Ele até o dia em que Ele nos leve para junto dEle na morada celestial que fica à direita do Trono de Deus (Mateus 25:33-46), pois na esquerda fica o outro destino.

“...E porá as ovelhas à sua direita, mas os bodes à esquerda.

Então dirá o Rei aos que estiverem à sua direita: Vinde, benditos de meu Pai, possuí por herança o reino que vos está preparado desde a fundação do mundo;

Porque tive fome, e destes-me de comer; tive sede, e destes-me de beber; era estrangeiro, e hospedastes-me;

Estava nu, e vestistes-me; adoeci, e visitastes-me; estive na prisão, e foste me ver.

Então os justos lhe responderão, dizendo: Senhor, quando te vimos com fome, e te demos de comer? ou com sede, e te demos de beber?

E quando te vimos estrangeiro, e te hospedamos? ou nu, e te vestimos?

E quando te vimos enfermo, ou na prisão, e fomos ver-te?

E, respondendo o Rei, lhes dirá: Em verdade vos digo que quando o fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes.

Então dirá também aos que estiverem à sua esquerda: Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos;

Porque tive fome, e não me destes de comer; tive sede, e não me destes de beber;

Sendo estrangeiro, não me recolhestes; estando nu, não me vestistes; e enfermo, e na prisão, não me visitastes.

Então eles também lhe responderão, dizendo: Senhor, quando te vimos com fome, ou com sede, ou estrangeiro, ou nu, ou enfermo, ou na prisão, e não te servimos?

Então lhes responderá, dizendo: Em verdade vos digo que, quando a um destes pequeninos o não fizestes, não o fizestes a mim.

E irão estes para o tormento eterno, mas os justos para a vida eterna...”


 


sexta-feira, 19 de março de 2021

Estatuto do Desarmamento: Política Pública Eficaz?

Sobre O Estatuto do Desarmamento

No Brasil, o Estatuto do Desarmamento é uma lei federal, derivada do projeto de lei nº 292 (PL 1555/2003), de autoria do então senador Gerson Camata (MDB/ES), que entrou em vigor no dia seguinte à sanção do então presidente, Luiz Inácio Lula da Silva, no dia 23 de dezembro de 2003. Trata-se da Lei 10826 de 23 de dezembro de 2003, regulamentada pelo decreto 5123 de 1º de julho de 2004 e publicada no Diário Oficial da União no dia seguinte, que "dispõe sobre registro, posse e comercialização de armas de fogo e munição (...)".

O governo promoveu um referendo popular no ano de 2005 para saber se a população concordaria com o artigo 35 do estatuto, que tratava sobre a proibição da venda de arma de fogo e munição em todo o território nacional. O artigo foi rejeitado com 63,94% dos votos "NÃO" contra 36,06% dos votos "SIM".

A lei proíbe o porte de armas por civis e dificulta muito a posse, com exceção para os casos onde haja necessidade comprovada, e essa comprovação será julgada de forma discricionária por agentes públicos, não sendo garantido ao cidadão esse direito, mesmo cumprindo todos os requisitos; nesses casos, haverá uma duração previamente determinada e sujeita o indivíduo à demonstração de sua necessidade em possuir e portá-la, com efetuação de registro e porte junto à Polícia Federal (Sinarm) ou ao Comando do Exército (Sigma).

Análise Realizada

Como uma das minhas atividades em um Mestrado em Administração Pública na disciplina de Métodos Quantitativos, tive a oportunidade e tempo para realizar uma análise em uma massa de dados. Tendo em vista essa oportunidade decidi pesquisar e analisar os dados da violência no Brasil.

Para realizar essa análise busquei dados oficiais sobre a violência no país e encontrei os dados do IPEA  no Atlas da Violência (https://www.ipea.gov.br/atlasviolencia/dados-series/20). Para evitar devios na análise, como a taxa de crescimento populacional, utilizei como unidade de pesquisa a Taxa por 100 mil habitantes. A hipótese testada em meu estudo foi: Houve impacto do Estatuto do Desarmamento sobre as mortes violentas no Brasil?


Para testar a hipótese fiz uma comparação, através análise de regressão, do período de 14 anos antes do Estatuto do Desarmamento (de 1989 à 2003) com o período de 14 anos após o Estatuto do Desarmamento (após 2003).

Resultados Gerais

Ao aplicar uma análise de regressão nos dados consolidados do país é possível se concluir, estatisticamente, que o Estatuto do Desarmamento não teve impacto algum sobre o crescimento da violência no Brasil, pois a curva prevista para o avanço da violência considerando o período entre 1989 à 2003 tem uma proximidade muito grande o que o ocorreu no período após 2003.


Conclusão Preliminar

A conclusão, sob a ótica da estatística, sobre os dados analisados é que todos o esforços (e dinheiro) empregados, com utilização da máquina pública (impostos do cidadão brasileiro), no desarmamento da população e para dificultar o acesso ao armamento não surtiu efeito, pois a violência continuou seguindo seu caminho natural e com uma forte tendência de crescimento.

Concluído o trabalho do mestrado, não me senti satisfeito, pois havia algo de estranho nos dados e na terrível performace dessa política pública e resolvi continuar a analisar os dados.

Análise mais Criteriosa

Para continuar a análise decidi me aprofundar nos dados e comecei a analisar não somente os números nacionais, mas também os números das regiões do país.


Quando analisamos as regiões do país é possível perceber que somente na região sudesde houve uma redução aparente na violência, mas mesmo assim decidi ir além e começar a descer ainda mais o estudo.

Região Norte


Ao analisar a Região Norte do país é possível perceber que a curva de tedência (linha pontilhada vermelha) foi seguida e ultrapassada pelos resultados encontrados.


Então decidi descer a nível de estado.


Rondônia: A linha de tendência se apresenta estável com uma leve tendência de alta e é acompanhada pelos resultados. Não houve impacto positivo.


Acre: A linha de tendência sobe e é acompanhada pelos resultados. Não houve impacto positivo e pode-se dizer que houve um impacto negativo. Houve uma forte tendência de alta no final do período analisado.


Amazonas: A linha de tendência sobe acentuadamente e é acompanhada e superada pelos resultados. Não houve impacto positivo e pode-se dizer que houve um impacto negativo expressivo com uma tendência a alta.


Roraima: A linha de tendência sobe e é acompanhada pelos resultados. Não houve impacto positivo e pode-se dizer que houve um impacto negativo com tendência de alta ao final do período analisado.


Pará: A linha de tendência sobe acentuadamente e é acompanhada e superada pelos resultados. Não houve impacto positivo e pode-se dizer que houve um impacto negativo expressivo.


Amapá: A linha de tendência sobe acentuadamente e é acompanhada e superada pelos resultados. Não houve impacto positivo e pode-se dizer que houve um impacto negativo expressivo.


Tocantins: A linha de tendência sobe acentuadamente e é acompanhada e superada pelos resultados. Não houve impacto positivo e pode-se dizer que houve um impacto negativo expressivo.

Região Nordeste



Ao analisar a Região Nordeste do país é possível perceber que a curva de tedência (linha pontilhada vermelha) foi seguida e ultrapassada pelos resultados encontrados. É possivel observar um vetor claro com tendências a alta.


Vamos a nível de estado.


Maranhão: A linha de tendência sobe acentuadamente e é acompanhada e superada pelos resultados. Não houve impacto positivo e pode-se dizer que houve um impacto negativo expressivo.


Piauí: A linha de tendência sobe acentuadamente e é acompanhada e superada pelos resultados. Não houve impacto positivo e pode-se dizer que houve um impacto negativo expressivo.


Ceará: A linha de tendência sobe acentuadamente e é acompanhada e superada pelos resultados. Não houve impacto positivo e pode-se dizer que houve um impacto negativo expressivo e uma forte tendência a alta no final do período analisado.


Rio Grande do Norte: A linha de tendência sobe acentuadamente e é acompanhada e superada pelos resultados. Não houve impacto positivo e pode-se dizer que houve um impacto negativo expressivo e com uma tendência a uma alta tão expressiva que provavelmente irá alterar o vetor de tedência.


Paraíba: A linha de tendência sobe acentuadamente e é acompanhada e superada pelos resultados. Não houve impacto positivo e pode-se dizer que houve um impacto negativo expressivo.


Pernanbuco: A linha de tendência sobe acentuadamente e é acompanhada e superada pelos resultados. Não houve impacto positivo e pode-se dizer que houve um impacto negativo expressivo e embora tenha havido um certo arrefecimento nos dados entre 2008 e 2014 no final do período houve uma tendência de alta retornando a linha de tendência.


Alagoas: A linha de tendência sobe acentuadamente e é acompanhada e superada pelos resultados. Não houve impacto positivo e pode-se dizer que houve um impacto negativo expressivo.


Sergipe: A linha de tendência sobe acentuadamente e é acompanhada e superada pelos resultados. Não houve impacto positivo e pode-se dizer que houve um impacto negativo expressivo.


Bahia: A linha de tendência sobe acentuadamente e é acompanhada e superada pelos resultados. Não houve impacto positivo e pode-se dizer que houve um impacto negativo expressivo.

Região Sudeste


Ao analisar a Região Sudeste do país é possível perceber que a curva de tedência (linha pontilhada vermelha) apresenta uma leve tendência de alta foi seguida porém não foi ultrapassada pelos resultados encontrados.


Vamos a nível de estado, pois podemos observar que essa tendência de crescimento ameno não é comum para todos os estados da região.


Minas Gerais: A linha de tendência sobe acentuadamente e é acompanhada e superada pelos resultados. Não houve impacto positivo e pode-se dizer que houve um impacto negativo expressivo.


Espírito Santo: A linha de tendência sobe acentuadamente e é acompanhada e superada pelos resultados. Não houve impacto positivo e pode-se dizer que houve um impacto negativo expressivo e embora seja o estado do senador proponente do projeto de lei nos 6 anos posteriores ao estatuto houve uma piora significativa seguida de uma queda entre 2010 e 2016 havendo uma tendência de alta no final do período analisado.


Rio de Janeiro: A linha de tendência sobe acentuadamente e é acompanhada e superada pelos resultados. Não houve impacto positivo e pode-se dizer que houve um impacto negativo expressivo. embora haja uma aparente queda nos números é importante observar que toda queda é seguida de uma alta equivalente e novamente uma queda. Aparentemente isso se dá pelas intervenções federais no estado. Seria necessário um estudo mais detalhado de outras variáveis para entender o que houve no Rio de Janeiro.


São Paulo: A linha de tendência (linha pontilhada verde) desce e é acompanhada pelos resultados. Houve impacto positivo, porém é possível observar que essa tendência de diminuição da violência antecede o estatuto pois se inicia em 1999 (4 anos antes), mas de fato se acentua após o estatuto e há tendência de queda aparente até o final do período analisado.

Região Sul


Ao analisar a Região Sul do país é possível perceber que a curva de tedência (linha pontilhada vermelha) foi seguida e ultrapassada pelos resultados encontrados.


Vamos novamente a nível de estado.


Paraná: A linha de tendência sobe acentuadamente e é acompanhada e superada pelos resultados. Não houve impacto positivo e pode-se dizer que houve um impacto negativo expressivo, porérm é possível perceber uma tendência a queda no final do período analisado.


Santa Catarina: A linha de tendência sobe acentuadamente e é acompanhada e superada pelos resultados. Não houve impacto positivo e pode-se dizer que houve um impacto negativo expressivo e com forte tendência a alta no final do período analisado.


Rio Grande do Sul: A linha de tendência sobe acentuadamente e é acompanhada e superada pelos resultados. Não houve impacto positivo e pode-se dizer que houve um impacto negativo expressivo.

Região Centro-Oeste


Ao analisar a Região Centro-Oeste do país é possível perceber que a curva de tedência (linha pontilhada vermelha) foi seguida e ultrapassada pelos resultados encontrados.


Vamos mais uma vez a nível de estado.


Mato Grosso: A linha de tendência sobe acentuadamente e é acompanhada e superada pelos resultados. Não houve impacto positivo e pode-se dizer que houve um impacto negativo expressivo.


Góias: A linha de tendência sobe acentuadamente e é acompanhada e superada pelos resultados. Não houve impacto positivo e pode-se dizer que houve um impacto negativo expressivo.


Distrito Federal: A linha de tendência sobe acentuadamente e é acompanhada e superada pelos resultados. Não houve impacto positivo e pode-se dizer que houve um impacto negativo expressivo com uma tendência de queda no final do período analisado.

Conclusão

Após analisar todos esses número, é possível concluir, cientificamente, que o Brasil inteiro pagou com vidas o preço de uma política mal feita, a revelia da vontade popular, que teve um tímido resultado positivo em apenas 1 estado e provavelmente devido a sua região metropolitana mais densamente povoada.

Como todo esse trabalho foi realizado nas horas de folga e sem nenhum tipo de patrocínio ou incentivo, não pude me aprofundar mais e avaliar outras variáveis como por exemplo: outros marcos políticos relevantes ou valores gastos na elaboração, aprovação e implementação dessa política que se mostra falha e ineficaz para a grande maioria dos cidadãos brasileiros.

Peço de divulgem esses dados, informações e conhecimento gerado (citando a fonte é claro!), para que se houver interesse, o estudo possa ser mais apronfundado futuramente.

quinta-feira, 24 de dezembro de 2020

Já Tomaram A Vacina!


Para começar vamos saber a definição da palavra vacina:

Uma vacina é uma preparação biológica que fornece imunidade adquirida ativa para uma doença particular.

E somente para se ter certeza de que todos terão as ferramentas para entender o que vou escrever, segue o significado de imunidade:

Privilégio que desobriga alguém de alguma coisa que os demais estão obrigados; direito, prerrogativa: imunidades diplomáticas.

Em biologia:

Resistência natural ou adquirida de um organismo vivo a um agente infeccioso (micróbios) ou tóxico (venenos, toxinas de cogumelos); proteção, defesa.

No ambiente jurídico:

Isenção de impostos, deveres, encargos etc.

Sinônimos de imunidade:

Imunidade é sinônimo de: isenção, defesa, proteção, privilégio, prerrogativa.

Antônimos de Imunidade:

Imunidade é o contrário de: obrigação!

Após essa breve equalização de conceitos, vamos ao ponto:

Não precisa ser muito observador para perceber que certos setores da nossa sociedade apresentam frequentemente provas cabais de isenção, proteção ou privilégios sobre nós, meros cidadãos.

Exemplos:


Os representantes do povo brasileiro no poder legislativo estão, em sua grande maioria, vacinados e completamente imunizados contra a empatia pelo sofrimento do povo brasileiro e, pelo que percebo,  também apresentam sinais de imunização contra os valores morais e éticos da população que pretensamente representam.

Os membros da mais alta instância do poder judiciário estão vacinados (vacina tríplice) e completamente imunizados contra a obrigação de seguir e proteger a constituição, contra a preocupação com o bem-estar da população e contra o dever de defender as liberdades individuais da mesma.

Com relação a liberdade individual, me explico:

  • Liberdade de ir e vir;
  • Liberdade de escolha;
  • Liberdade de expressão; e etc

E para aqueles que estão preocupados somente com o COVID-19, gostaria de lembrá-los que as doenças sociais, das quais nosso legislativo e nosso judiciário padecem, MATAM MUITO MAIS BRASILEIROS DIARIAMENTE do que 10 pestes chinesas juntas.

ATÉ QUANDO VAMOS AGUENTAR ISSO CALADOS?

As "vacinas" para essas doenças sociais graves que assolam e devastam o nosso país são o seu VOTO e a sua MANIFESTAÇÃO PÚBLICA. Não fique calado!

Manifeste contra essas "imunidades"!

Só um levante popular poderá erradicar essas "imunidades" indesejadas!

terça-feira, 1 de dezembro de 2020

A Progressão Marcial

 Introdução

Iniciei meus estudos em artes marciais, seriamente, por volta de 1995. Já tive a oportunidade de treinar várias escolas de vários estilos, algumas mais voltadas para lutas e outras mais voltadas para a cultura. Sinceramente não consigo categorizar essa ou aquela modalidade como melhor ou pior. São apenas espectros diferentes de um mesmo raio de luz. Existem professores bons, professores ruins, alunos bons e alunos ruins. A qualidade do aprendizado dentro da arte-marcial tem muito mais a ver com o compromisso, disciplina e a dedicação do que com a modalidade ou professor. Já conheci péssimos alunos de ótimos professores e excelentes alunos de professores terríveis e posso afirmar com pouca chance de errar que:

"...o coração puro e dedicado é como uma fonte de água no topo de uma montanha, o caminho para o mar pode até não ser o mais fácil e simples, mas ele fatalmente irá encontrar seu destino, basta fluir..."

Autor por mim desconhecido

Então já adianto ao leitor que esse texto não trata de pontuar quem é melhor ou quem é pior. Não há ponto negativo ou positivo no que vou colocar como minha visão. Sou profundo apreciador das artes-marciais que vou citar. Já tive a oportunidade de treinar todas (e muitas outras mais), algumas com mais dedicação, inclusive me graduando, e outras com apenas para conhecer.

Para evitar que o leque de análise fique muito extenso, irei me deter apenas a algumas artes-marciais japonesas e apenas as mais conhecidas por mim.

Se algum praticante de alguma arte marcial discordar de mim em algum aspecto ou tiver uma opinião contrária: Quem Bom! Não me considero detentor da verdade absoluta do universo e nem tenho a pretensão de "converter" alguém para a minha visão.

ESSE É APENAS UM TEXTO DE ORIENTAÇÃO PARA QUEM QUISER!

Mas é bom lembrar que dentro das artes-marciais orientais a experiência (anos de casa) contam bastante.

Ainda na esfera das "credenciais" é bom salientar que eu conheço pessoalmente meu SOKE e já tive a oportunidade de ir várias vezes ao Japão, em viagens de treinamento, com objetivo de aprender. Esse fato por si só é uma grande dádiva divina, pois que Judoka não gostaria de conhecer e treinar com o próprio Jigoro Kano Sensei? ou que Aikidoka não gostaria de ter tido a oportunidade de receber uma técnica de Morihei Ueshiba Sensei? Pois é, eu tive essa oportunidade! Eu, enquanto praticante de Bujinkan Budo Taijutsu, tive o privilégio de conhecer e treinar diretamente com o SOKE fundador do nosso estilo.

Para aqueles, que nesse momento, pensaram em reclamar sobre a palavra "fundador", a Bujikan como a conhecemos foi criada por Masaaki Hatsumi Sensei. Baseada nos conhecimentos das 9 escolas (essas sim criadas por SOKES antecessores), mas isso é assunto pra outro momento.

Pretendo aqui comparar o que, na minha visão, demonstrar a linha de progressão de conhecimento (em matéria de quantidade e não qualidade) das seguintes artes-marciais: Bujinkan Budo Taijutsu, Kendô, Karatê-dô, Aikidô, Judô e Jiu-Jitsu (esse último vou deixar na grafia abrasileirada para facilitar na identificação).

Parâmetros

Fiz uma análise do que, na minha visão, é uma linha do tempo consistente de treinamento e exposição a conteúdo técnico durante 20 anos (tempo razoável). Lembrando que o ponto de partida é o início da jornada marcial de um praticante, o caminho pressupõe um caminho saudável trilhado com dedicação e perseverança e o corte final aponta para um praticante maduro e experimentado. 

Sei que existem desvios desde: Praticantes com 20 anos de casa na faixa-branca e "mestres supremos do universo marcial" com menos de 5 anos de prática. Mas pretendo não tratar dos boarderliners nessa oportunidade. Quem sabe em outra postagem.

Análise

Minha análise gira em torno da seguinte afirmação:

A ESPECIALIZAÇÃO É PROPORCIONAL AO TEMPO DEDICADO DIVIDIDO PELA QUANTIDADE DE TÉCNICAS ESTUDADAS!

Lembrando que, via de regra, o tempo é igual para todos e, salvo pessoas geniais e pessoas estupidas, os seres humanos têm a capacidade de aprendizado com razoável grau de semelhança, ou seja, a minha análise considera que:

Quanto mais conteúdo o praticante tem acesso, menos especialista ele é!

Praticante muito especialista:

Esse praticante, na minha concepção, é aquele que dentro de um grupo técnico limitado e específico é totalmente versado, sabe amplamente tudo sobre aquelas técnicas e aplica as mesmas com a máxima proximidade da perfeição possível, considerando cada detalhe da execução técnica como passo importante para se alcançar o objetivo, porém limitando sua visão a apenas aquele grupo técnico. Normalmente tem sua linha de ação a tendência de aplicar sempre aquelas técnicas.

Praticante pouco especialista:

Esse praticante, na minha concepção, é aquele que não se limita a um grupo técnico específico, ele mantém seu leque de possibilidade sempre amplo e é capaz de aplicar uma diversidade enorme de técnicas, visando mais a eficácia de uma saída para as situações que surgirem. Esse praticante geralmente não se preocupa com a perfeição e cada detalhe da execução, mas se preocupa em sobrepor os problemas que surgirem. 

Tendo em vista esses conceitos elaborei o seguinte gráfico:


Montei esses dados baseado em meus conhecimentos pessoais e algumas pesquisas que realizei sobre as artes-marciais envolvidas.

Algumas das artes-marciais analisadas se concentram durante muitos anos em uma estrutura limitada de conteúdo.

Nas artes que têm seu foco mais voltado para a luta (espaço limitado, conjunto de golpes específicos e regras muito bem definidas) é compreensível que gastem seu tempo inicial (praticantes com idade hábil para atividades esportivas e com possibilidade de se tornarem atletas representativos) gerando especialistas com alto grau de eficiência na aplicação desse grupo técnico.

Já nas artes que têm seu foco mais voltado para a imprevisibilidade das situações da vida (sem limitação de espaço, sem obrigatoriedade de golpes específicos, sem juiz ou regras definidas) gastam seu tempo inicial (praticantes jovens e com o ímpeto imprudente da juventude) despejando muito conteúdo técnico para que em qualquer que seja a situação a sobrevivência seja uma opção.

Conclusão

Sinceramente, não consigo ver muita diferença entre praticantes de qualquer arte-marcial quando se alcançam seus 20 anos de treino. Geralmente todos são experimentados o suficiente para serem prudentes, não se considerarem invencíveis e acumulam "cicatrizes de guerra" o suficiente para não "meter a mão em qualquer cumbuca".

Com essa visão mais "analítica" da quantidade de conteúdo que vemos sendo distribuído durante a vida de praticante de um artista marcial é possível entender a diferença entre seus praticantes e como se comportam perante as situações que lhes são propostas pela vida.

Se algum leitor de alguma arte marcial, que não da Bujinkan, se sentiu de alguma forma descontente com minha análise, quero que saiba: Sou profundo admirador de todas as artes supracitadas e estou sempre disposto a aprender com meus BUYUS dessas escolas. Consideros que vocês são corajosos guerreiros que optaram por um caminho diferente do meu e estou sempre pronto para aprender com vocês com respeito e admiração.

Um forte abraço e fiquem com DEUS!

sábado, 16 de maio de 2020

Quanto mais idiota melhor



Esse é o título, em português, de um filme dos anos 90 que eu adorava. Nada tem a ver com o meu texto abaixo, a não ser o título, porém gosto da referência e da lembrança que esse filme me traz.


Agora o real assunto da postagem:

Hoje um conhecido de longa data postou ofensas públicas ao presidente da república. Ao ler essas críticas, que tinham fundamentação completamente equivocada, superficial e contaminada pela porcaria vomitada pela grande mídia brasileira, eu rebati devolvendo as críticas no mesmo tom, utilizando palavreado semelhante, porém em ambiente privado. Ele se sentiu muito ofendido e ficou de "mimimi".

Segundo ele:

“...É o presidente que está em questão...”, ou seja, nós cidadãos que estamos replicando na internet as asneiras que os outros produzem, não temos responsabilidade sobre nada disso.
Essa pessoa nunca foi muito esperta mesmo. Uma vez me surpreendi com ele agradecendo a Deus,  publicamente em oração durante uma cerimônia religiosa, pela humildade que ele mesmo tinha. Nada mais a declarar. Era common sense, em nossa turma de adolescentes, que pra ele “...ter uma ataque repentino...” levaria algumas semanas, dado sua perspicácia e velocidade de “raciosímio”.
Ninguém é perfeito e ninguém está 100% com a razão!
Nem eu, nem ele e nem o presidente da república. Definitivamente não é essa a questão.

Mas esse cenário de idiotas úteis, que nada fazem pela nação a não ser replicar bobagens produzidas por outras pessoas, que são produtos de décadas de doutrinação que sofremos no país, essa recusa de argumentação e defesa do próprio ponto de vista político, com a máxima “política não se discute”, e essa falta de noção de que direitos geram responsabilidades são as piores armas que um inimigo já pôde usar contra uma nação.

Sendo assim eu me pergunto e peço que se perguntem:

Somos realmente melhores que as pessoas que criticamos?
Temos o direito de publicar oficialmente o que bem entendermos e unirmos a isso o direito de não sofrer as consequências do que desejamos escrever ao mundo?

Essa falsa politização é realmente correta e aceitáveis na sociedade humana?

Há algum tempo atrás eu fui as ruas e pedi aos brados o impeachment da Dilma e fui a manifestações públicas a favor da condenação e prisão do Lula, contudo, aceitei e sofri todas as críticas e "bombardeios" decorrentes do meu posicionamento político.

Não há, ou deveria haver, responsabilidade no que é dito e feito publicamente?

Parafraseando o Tio Ben (Homem-Aranha).
"...grandes poderes geram grandes responsabilidades..."

SOU A FAVOR DA LIBERDADE PLENA DE EXPRESSÃO!

Porém, quer publicar o que pensa? Então sofra as consequências da sua postura "política" e esteja disposto a defendê-las e aceitar as críticas. Caso contrário, CALA BOCA e se recolha a sua insignificância e mediocridade!

Pra completar, seguem três versículos bíblicos relevantes para a situação:

“Aquele que quer aprender gosta que lhe digam quando está errado; só o tolo não gosta de ser corrigido.”
Provérbios 12:01
“Quem tem juízo aprende mais com uma repreensão do que o tolo, com cem chicotadas.”
Provérbios 17:10
“Até um tolo pode passar por sábio e inteligente se ficar calado”
Provérbios 17:28
E tenho dito!