quinta-feira, 24 de dezembro de 2020

Já Tomaram A Vacina!


Para começar vamos saber a definição da palavra vacina:

Uma vacina é uma preparação biológica que fornece imunidade adquirida ativa para uma doença particular.

E somente para se ter certeza de que todos terão as ferramentas para entender o que vou escrever, segue o significado de imunidade:

Privilégio que desobriga alguém de alguma coisa que os demais estão obrigados; direito, prerrogativa: imunidades diplomáticas.

Em biologia:

Resistência natural ou adquirida de um organismo vivo a um agente infeccioso (micróbios) ou tóxico (venenos, toxinas de cogumelos); proteção, defesa.

No ambiente jurídico:

Isenção de impostos, deveres, encargos etc.

Sinônimos de imunidade:

Imunidade é sinônimo de: isenção, defesa, proteção, privilégio, prerrogativa.

Antônimos de Imunidade:

Imunidade é o contrário de: obrigação!

Após essa breve equalização de conceitos, vamos ao ponto:

Não precisa ser muito observador para perceber que certos setores da nossa sociedade apresentam frequentemente provas cabais de isenção, proteção ou privilégios sobre nós, meros cidadãos.

Exemplos:


Os representantes do povo brasileiro no poder legislativo estão, em sua grande maioria, vacinados e completamente imunizados contra a empatia pelo sofrimento do povo brasileiro e, pelo que percebo,  também apresentam sinais de imunização contra os valores morais e éticos da população que pretensamente representam.

Os membros da mais alta instância do poder judiciário estão vacinados (vacina tríplice) e completamente imunizados contra a obrigação de seguir e proteger a constituição, contra a preocupação com o bem-estar da população e contra o dever de defender as liberdades individuais da mesma.

Com relação a liberdade individual, me explico:

  • Liberdade de ir e vir;
  • Liberdade de escolha;
  • Liberdade de expressão; e etc

E para aqueles que estão preocupados somente com o COVID-19, gostaria de lembrá-los que as doenças sociais, das quais nosso legislativo e nosso judiciário padecem, MATAM MUITO MAIS BRASILEIROS DIARIAMENTE do que 10 pestes chinesas juntas.

ATÉ QUANDO VAMOS AGUENTAR ISSO CALADOS?

As "vacinas" para essas doenças sociais graves que assolam e devastam o nosso país são o seu VOTO e a sua MANIFESTAÇÃO PÚBLICA. Não fique calado!

Manifeste contra essas "imunidades"!

Só um levante popular poderá erradicar essas "imunidades" indesejadas!

terça-feira, 1 de dezembro de 2020

A Progressão Marcial

 Introdução

Iniciei meus estudos em artes marciais, seriamente, por volta de 1995. Já tive a oportunidade de treinar várias escolas de vários estilos, algumas mais voltadas para lutas e outras mais voltadas para a cultura. Sinceramente não consigo categorizar essa ou aquela modalidade como melhor ou pior. São apenas espectros diferentes de um mesmo raio de luz. Existem professores bons, professores ruins, alunos bons e alunos ruins. A qualidade do aprendizado dentro da arte-marcial tem muito mais a ver com o compromisso, disciplina e a dedicação do que com a modalidade ou professor. Já conheci péssimos alunos de ótimos professores e excelentes alunos de professores terríveis e posso afirmar com pouca chance de errar que:

"...o coração puro e dedicado é como uma fonte de água no topo de uma montanha, o caminho para o mar pode até não ser o mais fácil e simples, mas ele fatalmente irá encontrar seu destino, basta fluir..."

Autor por mim desconhecido

Então já adianto ao leitor que esse texto não trata de pontuar quem é melhor ou quem é pior. Não há ponto negativo ou positivo no que vou colocar como minha visão. Sou profundo apreciador das artes-marciais que vou citar. Já tive a oportunidade de treinar todas (e muitas outras mais), algumas com mais dedicação, inclusive me graduando, e outras com apenas para conhecer.

Para evitar que o leque de análise fique muito extenso, irei me deter apenas a algumas artes-marciais japonesas e apenas as mais conhecidas por mim.

Se algum praticante de alguma arte marcial discordar de mim em algum aspecto ou tiver uma opinião contrária: Quem Bom! Não me considero detentor da verdade absoluta do universo e nem tenho a pretensão de "converter" alguém para a minha visão.

ESSE É APENAS UM TEXTO DE ORIENTAÇÃO PARA QUEM QUISER!

Mas é bom lembrar que dentro das artes-marciais orientais a experiência (anos de casa) contam bastante.

Ainda na esfera das "credenciais" é bom salientar que eu conheço pessoalmente meu SOKE e já tive a oportunidade de ir várias vezes ao Japão, em viagens de treinamento, com objetivo de aprender. Esse fato por si só é uma grande dádiva divina, pois que Judoka não gostaria de conhecer e treinar com o próprio Jigoro Kano Sensei? ou que Aikidoka não gostaria de ter tido a oportunidade de receber uma técnica de Morihei Ueshiba Sensei? Pois é, eu tive essa oportunidade! Eu, enquanto praticante de Bujinkan Budo Taijutsu, tive o privilégio de conhecer e treinar diretamente com o SOKE fundador do nosso estilo.

Para aqueles, que nesse momento, pensaram em reclamar sobre a palavra "fundador", a Bujikan como a conhecemos foi criada por Masaaki Hatsumi Sensei. Baseada nos conhecimentos das 9 escolas (essas sim criadas por SOKES antecessores), mas isso é assunto pra outro momento.

Pretendo aqui comparar o que, na minha visão, demonstrar a linha de progressão de conhecimento (em matéria de quantidade e não qualidade) das seguintes artes-marciais: Bujinkan Budo Taijutsu, Kendô, Karatê-dô, Aikidô, Judô e Jiu-Jitsu (esse último vou deixar na grafia abrasileirada para facilitar na identificação).

Parâmetros

Fiz uma análise do que, na minha visão, é uma linha do tempo consistente de treinamento e exposição a conteúdo técnico durante 20 anos (tempo razoável). Lembrando que o ponto de partida é o início da jornada marcial de um praticante, o caminho pressupõe um caminho saudável trilhado com dedicação e perseverança e o corte final aponta para um praticante maduro e experimentado. 

Sei que existem desvios desde: Praticantes com 20 anos de casa na faixa-branca e "mestres supremos do universo marcial" com menos de 5 anos de prática. Mas pretendo não tratar dos boarderliners nessa oportunidade. Quem sabe em outra postagem.

Análise

Minha análise gira em torno da seguinte afirmação:

A ESPECIALIZAÇÃO É PROPORCIONAL AO TEMPO DEDICADO DIVIDIDO PELA QUANTIDADE DE TÉCNICAS ESTUDADAS!

Lembrando que, via de regra, o tempo é igual para todos e, salvo pessoas geniais e pessoas estupidas, os seres humanos têm a capacidade de aprendizado com razoável grau de semelhança, ou seja, a minha análise considera que:

Quanto mais conteúdo o praticante tem acesso, menos especialista ele é!

Praticante muito especialista:

Esse praticante, na minha concepção, é aquele que dentro de um grupo técnico limitado e específico é totalmente versado, sabe amplamente tudo sobre aquelas técnicas e aplica as mesmas com a máxima proximidade da perfeição possível, considerando cada detalhe da execução técnica como passo importante para se alcançar o objetivo, porém limitando sua visão a apenas aquele grupo técnico. Normalmente tem sua linha de ação a tendência de aplicar sempre aquelas técnicas.

Praticante pouco especialista:

Esse praticante, na minha concepção, é aquele que não se limita a um grupo técnico específico, ele mantém seu leque de possibilidade sempre amplo e é capaz de aplicar uma diversidade enorme de técnicas, visando mais a eficácia de uma saída para as situações que surgirem. Esse praticante geralmente não se preocupa com a perfeição e cada detalhe da execução, mas se preocupa em sobrepor os problemas que surgirem. 

Tendo em vista esses conceitos elaborei o seguinte gráfico:


Montei esses dados baseado em meus conhecimentos pessoais e algumas pesquisas que realizei sobre as artes-marciais envolvidas.

Algumas das artes-marciais analisadas se concentram durante muitos anos em uma estrutura limitada de conteúdo.

Nas artes que têm seu foco mais voltado para a luta (espaço limitado, conjunto de golpes específicos e regras muito bem definidas) é compreensível que gastem seu tempo inicial (praticantes com idade hábil para atividades esportivas e com possibilidade de se tornarem atletas representativos) gerando especialistas com alto grau de eficiência na aplicação desse grupo técnico.

Já nas artes que têm seu foco mais voltado para a imprevisibilidade das situações da vida (sem limitação de espaço, sem obrigatoriedade de golpes específicos, sem juiz ou regras definidas) gastam seu tempo inicial (praticantes jovens e com o ímpeto imprudente da juventude) despejando muito conteúdo técnico para que em qualquer que seja a situação a sobrevivência seja uma opção.

Conclusão

Sinceramente, não consigo ver muita diferença entre praticantes de qualquer arte-marcial quando se alcançam seus 20 anos de treino. Geralmente todos são experimentados o suficiente para serem prudentes, não se considerarem invencíveis e acumulam "cicatrizes de guerra" o suficiente para não "meter a mão em qualquer cumbuca".

Com essa visão mais "analítica" da quantidade de conteúdo que vemos sendo distribuído durante a vida de praticante de um artista marcial é possível entender a diferença entre seus praticantes e como se comportam perante as situações que lhes são propostas pela vida.

Se algum leitor de alguma arte marcial, que não da Bujinkan, se sentiu de alguma forma descontente com minha análise, quero que saiba: Sou profundo admirador de todas as artes supracitadas e estou sempre disposto a aprender com meus BUYUS dessas escolas. Consideros que vocês são corajosos guerreiros que optaram por um caminho diferente do meu e estou sempre pronto para aprender com vocês com respeito e admiração.

Um forte abraço e fiquem com DEUS!