sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Ninguém sério quer uma falsa princesa!

Atualmente existe um conflito muito comum nos relacionamentos matrimoniais que eu, após alguns anos de observação, classifiquei como síndrome da falsa princesa.

O que é a síndrome da falsa princesa?

Síndrome da falsa princesa é o resultado de uma mudança do comportamento paterno nos últimos quarenta anos. A figura paterna até cinquenta anos atrás exercia uma autoridade impar no convívio familiar, o pai tinha poder de decisão inquestionável, como também tinha responsabilidades das quais não podia se esquivar, de modo semelhante a um rei em seu lar, logo, ele estava sempre presente e moldava a criação das filhas para que um dia fossem boas esposas e consequentemente mulheres notáveis. Porém, com algumas mudanças que ocorreram nos últimos quarenta anos os país perderam parte do seu poder de decisão e por consequência também abdicaram de algumas responsabilidades, logo para compensar essa falta de participação na criação direta das filhas os país passaram a mimar suas filhas, gerando assim, geração após geração de falsas princesas, ou pelo menos mulheres que aspiram ser apenas falsas princesas.

O que são falsas princesas?

O papel das princesas de verdade na história, sempre foi um papel transitório. Deveria ser um período de preparação das mulheres da realeza, onde seriam treinadas para serem futuras rainhas, condessas, marquesas e etc. As princesas de verdade eram aquelas que estavam o tempo todo treinando e se preparando para um casamento real, político, que viria junto com um pacotão de responsabilidades, compromissos e também privilégios. A visão, equivocada, que a grande população tinha sobre as princesas de verdade era que elas tinham uma vida fácil e de mimos, isso porque naturalmente a realeza tinha privilégios muito maiores do que a plebe, porém era uma vida dura de preparação para uma vida mais dura ainda de responsabilidades sociais, políticas e matrimoniais. Já as falsas princesas eram justamente aquelas que não eram preparadas para um casamento real. Eram aquelas moças da baixa realeza que tinham certo conforto em comparação com a plebe, porém, não tinham grandes aspirações dentro da sociedade aristocrata. Eram damas de companhias das princesas de verdade. Recebiam o nome de princesas da corte, mas não passavam de um passatempo sexual para os homens da nobreza. E com sorte depois de serem usadas por um tempo, conseguiriam um casamento com algum membro da baixa nobreza sendo a sua única chance, de não passar o final da vida sobrevivendo da caridade alheia, a possibilidade de cuidar da casa e dos filhos de algum velho viúvo em uma vida decadente sem muitas aspirações.

Resumindo: Falsas princesas eram as moças que não tinham preparo e não teriam futuro, porém estariam durante um tempo frequentando a intimidade da realeza até serem descartadas pelo desgaste natural da idade.
Voltando aos tempos atuais, observamos que a ausência de autoridade paterna nas famílias gerou uma geração de falsas princesas. Mulheres que querem usufruir as graças de uma vida com mimos, porém não tem interesse em se preparar para, um dia, ser uma esposa séria, a rainha de um lar, carregando assim as responsabilidades e compromissos ligados à posição. As mulheres de hoje em dia, na sua grande maioria, querem que as tratemos o tempo todo como princesas, porém não almejam sequer um dia ser tornarem rainhas, pois isso seria trabalhoso demais, compromisso demais e custoso demais.

É obvio que ainda existem os bastiões de defesa dos bons costumes. Aqueles pais que souberam criar suas filhas e as preparam para vida. Criaram princesas de verdade que merecem serem tratadas com todos os mimos do mundo, pois são mulheres que merecem ser coroadas como rainhas e assim serem tratadas com toda a deferência que a posição exige, mas que jamais fugirão a luta, assim como também nunca perderão a nobreza quando pela vida forem exigidas.


E quanto às falsas princesas: Mulheres acordem! Se vocês não começarem a se preparar para um reinado digno, honesto e responsável, assumindo as responsabilidades e posturas necessárias, vocês jamais passaram de mera distração temporal.

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

A ignorância é uma benção?

“Ser feliz” é ser ignorante! Na minha visão, para “ser feliz” basta ser ignorante. Em todos os aspectos da vida humana, conhecer os fatos, conhecer as pessoas, conhecer o passado, conhecer os “procedimentos padrões”, conhecer as nuances, conhecer os detalhes sórdidos, conhecer o comportamento, conhecer o íntimo e até mesmo o autoconhecimento leva a decepção e por consequência a tristeza.

Isso porque o coração do ser humano é desesperadamente corrupto:

"Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e desesperadamente corrupto; quem o conhecerá?"
Jeremias 17.9

Alcançar conhecimento leva a real compreensão dessa corrupção, logo, a decepção e tristeza.
Como cristão sei que a única forma de felicidade verdadeira será no céu. Aqui na terra podemos vislumbrar um pouco do que seria essa felicidade através do conhecimento do caráter de Deus registrado nas sagradas escrituras, sob inspiração do Espírito Santo, porém abstraindo o aspecto salvador da graça o resto da vida humana é uma constante contrição perante a santidade de Deus. A ciência da nossa corrupção é parte da obra do Espírito Santo em nossas vidas, assim como o processo de santificação, que nos leva a mais autoconhecimento e mais arrependimento e contrição.
Uma verdade é: Para “ser feliz” é necessário ter paz.
Estar em paz com a consciência é: Desconhecer o caráter de Deus ou ignorar a Sua santidade. Ambos os caminhos não fazem parte da vida do cristão, logo, para “ser feliz” aqui na terra é necessário não ser cristão.
No meu entendimento a resolução bíblica para esse impasse na vida do cristão é:

"Descansa no SENHOR e espera nele, não te irrites por causa do homem que prospera em seu caminho, por causa do que leva a cabo os seus maus desígnios."
Salmos 37.7

Porém mesmo assim esse caminho não nos leva a “felicidade” plena terrena. Ele nos leva tão somente ao contentamento com a vontade Divina.
Por isso concluo que a “felicidade”, tão proclamada atualmente em redes de relacionamentos, mídia em geral ou em textos de autoajuda, me entristece, pois, nessa busca incessante de grande parte da humanidade vejo quantas pessoas estão perdidas em seus próprios devaneios ilusórios na busca de uma falsa felicidade baseada em luxúria, lascívia, ganância e egoísmo.

“Se conselho fosse bom...”:
Não “seja feliz”! Esteja contente com a vontade Divina e aproveite os breves momentos de felicidade real que a maravilhosa Graça lhe proporciona aqui na terra. Invista em sua expectativa de uma felicidade plena com Deus após a vida!