domingo, 8 de julho de 2018

A Idiossincrasia do Brasil na Bujinkan Internacional

Um pequeno nivelamento para começar:
Idiossincrasia (do grego ἰδιοσυγκρασία, “temperamento peculiar”, composto de ἴδιος [“peculiar”] e σύγκρασις [“mistura”]) é uma característica comportamental ou estrutural peculiar a um indivíduo ou grupo.
O termo também pode ser aplicado para símbolos. Símbolos idiossincrásicos são símbolos que podem significar alguma coisa para uma pessoa em particular, como uma lâmina pode significar guerra para alguém, mas para outro ela poderia simbolizar o sacramento de um cavaleiro.
Existe a Bujinkan que é uma associação internacional criada para estudar, representar e divulgar nove tradições marciais japonesas que é atualmente liderada pelo SOKE Dr. Masaaki Hatsumi. 
O que faz da Bujinkan internacional, é a sua representação fora do seu país de origem: O Japão.
Desde sua criação, 1972, a Bujinkan rompeu com diversos paradigmas estabelecidos no passado. Um bom exemplo desse rompimento foi a transmissão desses conhecimentos aos Gaijin.
Gaijin (外人 ɡaidʑiɴ) é uma palavra japonesa que significa "estrangeiro", "não-Japonês", ou "alien". É composta por dois ideogramas kanji: (外, gai), que significa "de fora"; e (人, jin), que significa "pessoas". Assim a palavra significa literalmente pessoas de fora e pode se referir a nacionalidade, raça ou etnia.
O próprio comportamento bem-humorado e irreverente do SOKE também é um bom exemplo de uma quebra de paradigma.
Creio que todas essas quebras de paradigmas e internacionalizações de comportamento foram meticulosamente planejadas pelo SOKE justamente visando a idiossincrasia de cada povo/nação do nosso planeta, para tornar mais eficiente a divulgação dessa arte à:
"...aqueles capazes de exercitar a verdadeira paciência, o auto-controle e a dedicação..."
E nesses quase 50 anos de Bujinkan, sabemos que muitos foram os caminhos utilizados pelas diversas gerações para se chegar à fonte (o SOKE) e aprender essa arte.
Alguns dos primeiros já não fazem mais parte das nossas fileiras ou estão bem afastados dos "holofotes" da popularidade e etc.
É relevante também citar a preocupação do SOKE em formar líderes em cada país. Não os impondo aos praticantes do país, mas gentilmente concedendo a deferência para aqueles que vão se aproximando dele a medida que adquirem experiência, maturidade e conhecimento para tal dentro da organização. 
deferência: atitude de respeito e consideração, geralmente em relação a um superior ou a pessoa mais antiga.
E nesse momento chegamos ao ponto chave da questão:

Enquanto instrutores:
Está correto impor aos nossos alunos regras que não foram impostas a nós pelo SOKE?

Enquanto alunos:
Eu sigo a Bujinkan do SOKE ou de outra pessoa?

Não vou usar o texto para criticar esse ou aquele comportamento, mas vou deixar essas questões para que cada um de vocês reflita:

Você conhece realmente a história de como essa arte chegou até você?
Você conhece os caminhos trilhados pelo seu instrutor e pelos instrutores dele até o SOKE?
Se as idiossincrasias de cada nação não são tão importantes e podemos aprender realmente com qualquer instrutor independente da sua cultura, língua e/ou costumes, por que ainda há um esforço da liderança mundial da Bujinkan em formar líderes e mais líderes por todo o mundo?

Um abraço a todos e BUFU IKKAN

Nenhum comentário:

Postar um comentário