sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

A Primeira Pedra


Ao observar e meditar sobre o comportamento do povo evangélico, grupo religioso do qual eu faço parte, e analisar em linhas gerais as atitudes e tendências cheguei a triste conclusão de que estamos bem piores do que nossos maus exemplos. Gostaria de utilizar um relato bíblico para ilustrar meu ponto:

"Jesus, entretanto, foi para o monte das Oliveiras. De madrugada, voltou novamente para o templo, e todo o povo ia ter com ele; e, assentado, os ensinava. Os escribas e fariseus trouxeram à sua presença uma mulher surpreendida em adultério e, fazendo-a ficar de pé no meio de todos, disseram a Jesus: Mestre, esta mulher foi apanhada em flagrante adultério. E na lei nos mandou Moisés que tais mulheres sejam apedrejadas; tu, pois, que dizes? Isto diziam eles tentando-o, para terem de que o acusar. Mas Jesus, inclinando-se, escrevia na terra com o dedo. Como insistissem na pergunta, Jesus se levantou e lhes disse: Aquele que dentre vós estiver sem pecado seja o primeiro que lhe atire pedra. E, tornando a inclinar-se, continuou a escrever no chão. Mas, ouvindo eles esta resposta e acusados pela própria consciência, foram-se retirando um por um, a começar pelos mais velhos até aos últimos, ficando só Jesus e a mulher no meio onde estava. Erguendo-se Jesus e não vendo a ninguém mais além da mulher, perguntou-lhe: Mulher, onde estão aqueles teus acusadores? Ninguém te condenou? Respondeu ela: Ninguém, Senhor! Então, lhe disse Jesus: Nem eu tampouco te condeno; vai e não peques mais."
João 8.1-11


Acima se encontra o texto original e abaixo tomei a liberdade de fazer uma adaptação de como provavelmente seria esse relato nos tempos atuais:


Após orar e meditar pela madrugada Jesus voltou novamente para o templo, e todo o povo ia ter com ele; e, assentado, os ensinava. Os "evangélicos" trouxeram à sua presença uma pessoa considerada pecadora e, fazendo-a ficar no meio de todos, disseram a Jesus: Mestre, esta pessoa foi considerada pecadora. E a nossa tradição nos ensina que devemos ser santos assim como tu e não podemos permitir as fraquezas da natureza humana como comportamento aceitável; tu, pois, que dizes? Isto diziam eles com objetivo de se passarem por mais santos do que realmente eram perante o mestre. Mas Jesus, inclinando-se, escrevia na terra com o dedo. Como insistiram na pergunta, Jesus se levantou e lhes disse: Aquele que dentre vós estiver sem pecado seja o primeiro a lhe desprezar. E, tornando a inclinar-se, continuou a escrever no chão. Ouvindo eles esta resposta e sem ao menos avaliar suas próprias consciências, começaram a insultar e praguejar contra a pessoa, e foram se retirando um por um após se cansarem de maldizer e humilhar o pecador, a começar pelos mais velhos até aos últimos, ficando só Jesus e o pecador no meio onde estava. Erguendo-se Jesus e não vendo a ninguém mais além do pecador, com tristeza no olhar afirmou lhe: Não julgue, para que não seja julgado. Pois, com o critério com que julgar, será julgado; e, com a medida com que tiver medido, a ti medirão também. Porque aqueles veem o argueiro no olho do próximo, porém não reparam na trave que está nos próprios olhos.  Os sãos não precisam de médico, e sim os doentes; não vim chamar justos, e sim pecadores. Então, lhe disse Jesus: Eu não te desprezo; vai e não peques mais.


Sem mais para o momento...

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