terça-feira, 28 de setembro de 2010

Justiça Eleitoral proíbe distribuição de material evangélico contra Lula e o PT

Um ato público promovido pelo Conselho de Pastores de Jaboatão dos Guararapes, na tarde deste sábado, foi surpreendido por um mandado de busca e apreensão expedido pela juíza da 11ª Zona Eleitoral, Patrícia Rodrigues Ramos Galvão, de todo o material impresso intitulado "Manifesto pela Família". A ação foi proveniente da denúncia da Frente Popular de Pernambuco e do Partido dos Trabalhadores. Segundo os organizadores, mais de 50 mil jornais deixaram de ser distribuidos na carreata que teve início em Prazeres e percorreu todos os distritos do município, passando por Cavaleiro, Curado e Jaboatão Centro.
No material recebido com exclusividade pelo Blog da Folha, o principal alvo dos evangélicos é o PT e o governo Lula e cita nominalmente alguns parlamentares do partido, autores de projetos que "ferem os princípios bíblicos", na visão dos religiosos. "Vejamos alguns dos projetos de leis que deputados, na sua maioria ligados ao PT, estão tentando aprovar no Congresso Naconal e que um presidente da República ligado ao PT certamente assinará", diz parte do documento. Chamado de Movimento Pró-família, a informação da proibição por parte da Justiça Eleitoral chegou na manhã deste sábado ao Conselho de Pastores, dizendo que todos os materiais seriam recolhidos e o nome do partido não poderá ser citado durante o movimento. Os jornais não chegaram a ser recolhidos porque não chegaram a ser distribuidos, mas as críticas contra Lula e o PT foram ditas em alto e bom som através de um trio elétrico que puxava a carreata dos evangélicos.
Para o presidente do Conselho, pastor Pedro Rodrigues, a ação do PT é inconstitucional e vai de encontro a democracia e à liberdade de expressão. “Isso é um ato anti-democrático e vai de encontro à liberdade de expressão. O PT agora mostra sua cara, eles que fora do poder sempre defenderam a liberdade de expressão, agora querem tirar a liberdade de todos, inclusive da Igreja. Eles querem impedir a Igreja de defender Jesus Cristo, querem nos impedir de defender as famílias”, afirmou.
Rodrigues também reafirmou que o movimento não é partidário, não defende a candidatura de nenhum presidenciável, mas sim a família e é contra o PT. O religioso lembra que no estatuto do partido, existe a descriminalização do aborto, legalização da maconha, garantia de cirurgias de mudança de sexo feitas pelo SUS, Lei da Homofobia, legalização da prostituição, legalização do casamento homossexual, legalização da adoção de crianças por casais do mesmo sexo e "tantas outras coisas que vão de encontro aos princípio bíblicos". "E o pior, se algum parlamentar do partido for contra, sofrerá punições e até expulsão do partido".

Texto retirado do site Blog da Folha

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